sexta-feira, 31 de outubro de 2008


A celebração do Halloween tem duas origens que no decurso da História se foram mesclando.
Celebrado anualmente no dia 31 de Outubro, era uma antiga celebração celta chamada Samhain, que marcava o fim do verão e o início do Ano Novo.
A “festa dos mortos” era uma data importante, acreditava-se que nesse dia o mundo dos vivos e o dos mortos se fundiam num só. Dizia-se que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Do seu lado, a Igreja Católica consagrava um dia para festejar “Todos os Mártires”. Inicialmente celebrado no dia 13 de Maio, o Papa Gregório III muda a data para o dia 1 de Novembro. Mais tarde instituí-se que fosse celebrado universalmente nesse dia a festa de Todos os Santos.

Esta festa era preparada no dia anterior (31 de Outubro), sendo esta celebração vespertina ou vigília chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos).
A relação da comemoração desta data com as bruxas propriamente ditas terá começado na Idade Média, no seguimento das perseguições conduzidas pela Inquisição, a todos aqueles que fossem considerados curandeiros e/ou pagãos (apelidados de bruxos ou bruxas e queimados fogueira nos designados autos-de-fé).

Hoje em dia, a actual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, integradas de modo peculiar em cada cultura.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Não sei ...

"Não sei... se a vida é curta
ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
Mas que seja intensa,
verdadeira, pura...
Enquanto durar"

(Cora Coralina)
[amiga, aqui vai uma só para ti!]

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

UM DIA PONHO A MOCHILA ÀS COSTAS E VOU CONHECER O MUNDO. HOJE É O DIA!

Colocam-se as desculpas na mochila, apronta-se a Vontade há muito esquecida.
Ousamos finalmente entregar TUDO à ideia de que é possível fugir da rotina...abandonar aqueles tantos entraves que vínhamos colocando à laia de desculpa por tudo e para NADA! Se querer é poder então basta querer...!!
Se é certo que só se vive uma vez, e se um dia de cada vez é o suficiente para o conseguirmos, então do que estamos à espera?

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Leva-nos a querer pensar ...

O Eterno Retorno

Eterno retorno é um conceito filosófico formulado por Friedrich Nietzsche. Podemos encontrar uma síntese desta teoria em Gaia Ciência:

«2"E se um dia ou uma noite um demónio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demónio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"»

Antes de mais, importa notar que esta teoria, e apesar de parecer completamente insensata e inverosímil a muitos, não pode ser interpretada como um simples ciclo temporal que se repete indefinidamente ao longo da eternidade.

A grande pergunta que o conceito do Eterno Retorno nos faz é: amamos a vida?
Se considerarmos o tempo infinito e as combinações de forças em conflito que formam cada instante finitas, em algum momento futuro tudo se repetirá infinitas vezes.
Ora se tudo retorna - o prazer, a dor, a angústia, a guerra, a paz, a grandeza, a pequenez - se tudo volta, isto é um dom divino ou uma maldição? Amamos a vida a tal ponto de a querermos, mesmo que tivéssemos que vivê-la infinitas vezes sem fim? Sofrendo e desfrutando da mesma forma e com a mesma intensidade? Seríamos capazes de amarmos a vida que temos - a única vida que temos - a ponto de querermos vivê-la tal e qual ela é, sem a menor alteração, infinitas vezes ao longo da eternidade? Temos tal amor ao nosso destino?

Quanto a mim, e considerando a NOSSA realidade como única, penso que a resposta à questão colocada está em amar a vida em cada detalhe, colocar em cada acto o sentimento que queremos que esta nos devolva e repita para sempre!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

marginalia: estatuto editorial

Comecemos por desvendar o significado da palavra:
marginalia é o termo geral que designa as notas, escritos e comentários pessoais ou editoriais feitos na margem de um livro.
(In Wikipédia)

A quem me conhece não preciso dizer mais nada, a quem não me conhece, passo a explicar:
Tinha de ter a ver com livros, claro!

Mas … porquê este termo e não outro?
Nenhum outro expressa tão bem aquilo que pretendo com este blog:

- deixar pequenas anotações na margem deste livro por escrever;
- espalhar palavras ao acaso nas suas páginas vestidas de branco;
- dependendo da inspiração,
rabiscar sentimentos e impressões;
- divulgar excertos que se apoderam de nós e nos levam a querer pensar.

Enfim,
reescrever, gritar, reinventar, reler, revisitar, reviver, escrever ouvindo tudo e quanto não posso calar, infinitas vezes até ao Fim.