Depois de adiada inúmeras vezes, Sábado foi O DIA da ida ao Museu Nacional do Coches.
O museu reúne uma colecção única no mundo de viaturas de gala e de passeio do Séc. XVII a XIX, na sua maioria provenientes dos bens da coroa ou propriedade da Casa Real portuguesa.
Entre o espólio encontramos coches, berlindas, carruagens, seges, carrinhos de passeio, liteiras, cadeirinhas e carrinhos para criança.
Do conjunto, destaco o COCHE de D. MARIA FRANCISCA BENEDITA.
Mandado construir para o casamento da princesa, o Coche apresenta no seu exterior um trabalho de talha estilo rococó, com volutas, concheados e elementos vegetalistas. O interior está revestido de veludo sobre fundo de cetim esverdeado com decoração floral de grandes dimensões.
Este seria o coche que escolheria para viver os meus 15min de Cinderela, acho que tem tudo a ver comigo! E, coincidência ou não, quando passamos à ala onde estão expostos os retratos a óleo dos antigos proprietários dos carros expostos, a princesa D. Maria Francisca Benedita surge com um vestido azul verde água...terá sido o coche um capricho de princesa?
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
(I)MARGINÁLIAS
Frase para ontem:
"ESCREVER A HISTÓRIA É UM MODO DE NOS LIVRARMOS DO PASSADO" - Goethe,
"ESCREVER A HISTÓRIA É UM MODO DE NOS LIVRARMOS DO PASSADO" - Goethe,
Johann
Este era o meu lema até há bem pouco tempo...escrever para esquecer!
Durante muito tempo mantive um diário onde registava tudo o que era digno de nota por algum motivo, embora a maior parte das vezes fosse por algo que me tivesse abalado profundamente o que, como se pode facilmente deduzir, nem sempre positivo. Procurava respostas onde estas não podiam existir.
Acreditava que escrever pudesse libertar-me, livrar-me do fardo que teimava em carregar e que eu própria tornava mais pesado ao dar-lhe importância além da conta.
Queria acreditar que, no final, quando acabasse o relato e fechasse o caderno, aquele episódio simplesmente eclipsar-se-ia da minha memória! Uma ilusão entre muitas!
A funcionar, a ideia era boa, mas não há pior inimigo do que nós mesmos!!
Percebi que não podia continuar a torturar-me com lembranças e por isso passado, que devia olhar sim para este como um legado e o mecanismo deveria ser: processar, aceitar e armazenar para referência futura e não enterrar fundo e tentar esquecer.
Aceitar que somos seres imperfeitos e reconhecer todas essas imperfeições foi um passo de gigante, o primeiro passo de uma evolução que promete...
Reconhecer que não somos mais ou menos que ninguém foi como vencer uma batalha numa guerra que se trava todos os dias! Que somos aquilo que vamos construindo, que temos uma personalidade que nos define e que se tiverem de gostar de nós, sentimos que gostam pelo que somos e não por aquilo que possamos representar.
Mas tudo isto não teria sido possível sem aqueles que têm cruzado o meu caminho deixando um pouco de si mesmos e claro, sem o apoio incondicional daqueles que estão e estarão sempre lá para me fazer rir, sempre que parecer não haver motivos...a eles só posso agradecer!
Durante muito tempo mantive um diário onde registava tudo o que era digno de nota por algum motivo, embora a maior parte das vezes fosse por algo que me tivesse abalado profundamente o que, como se pode facilmente deduzir, nem sempre positivo. Procurava respostas onde estas não podiam existir.
Acreditava que escrever pudesse libertar-me, livrar-me do fardo que teimava em carregar e que eu própria tornava mais pesado ao dar-lhe importância além da conta.
Queria acreditar que, no final, quando acabasse o relato e fechasse o caderno, aquele episódio simplesmente eclipsar-se-ia da minha memória! Uma ilusão entre muitas!
A funcionar, a ideia era boa, mas não há pior inimigo do que nós mesmos!!
Percebi que não podia continuar a torturar-me com lembranças e por isso passado, que devia olhar sim para este como um legado e o mecanismo deveria ser: processar, aceitar e armazenar para referência futura e não enterrar fundo e tentar esquecer.
Aceitar que somos seres imperfeitos e reconhecer todas essas imperfeições foi um passo de gigante, o primeiro passo de uma evolução que promete...
Reconhecer que não somos mais ou menos que ninguém foi como vencer uma batalha numa guerra que se trava todos os dias! Que somos aquilo que vamos construindo, que temos uma personalidade que nos define e que se tiverem de gostar de nós, sentimos que gostam pelo que somos e não por aquilo que possamos representar.
Mas tudo isto não teria sido possível sem aqueles que têm cruzado o meu caminho deixando um pouco de si mesmos e claro, sem o apoio incondicional daqueles que estão e estarão sempre lá para me fazer rir, sempre que parecer não haver motivos...a eles só posso agradecer!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
PALAVRAS...LEVA-AS O VENTO?
Há um tempo
em que é preciso abandonar as roupas usadas
que já têm a forma do nosso corpo
e esquecer os nossos caminhos
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia.
E se não ousarmos fazê-la
teremos ficado para sempre
à margem de nós mesmos.
teremos ficado para sempre
à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa
Etiquetas:
Fernando Pessoa,
palavras...leva-as o vento?
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Estoril Film Festival ’08
distingue Bernardo Bertolucci e Tim Burton
Arranca amanhã dia 14 até dia 22 de Novembro o Estoril Film Festival ’08, a decorrer no Centro de Congressos do Estoril, no Casino Estoril e no Teatro Experimental de Cascais (TEC).
Arranca amanhã dia 14 até dia 22 de Novembro o Estoril Film Festival ’08, a decorrer no Centro de Congressos do Estoril, no Casino Estoril e no Teatro Experimental de Cascais (TEC).
Estarão a concurso neste festival 14 filmes europeus, em estreia absoluta em Portugal, entre os quais o único português, "4 Copas", de Manuel Mozos. Para além destes e fora de competição serão exibidos em antestreia nacional 15 filmes, entre os quais as mais recentes obras dos norte-americanos Woody Allen, "Vicky Cristina Barcelona", e David Mamet, "Redbelt", do alemão Werner Schroeter, "Nuit de Chien", e dos franceses Agnès Varda, "Les Plages d'Agnès", e Philippe Garrel, "La Frontière de l'Aube".
O tributo a BERNARDO BERTOLUCCI vai destacar a carreira de sucesso do realizador italiano, passando em revista algumas das suas obras mais marcantes, como “O Último Tango em Paris” e “O Último Imperador”.
O grande criador e visionário TIM BURTON será homenageado através de uma retrospectiva de toda a sua obra, marcada por cenários únicos povoados por excêntricas personagens fantásticas e assombrosas mas incrivelmente humanas. Ver Programa aqui
Haverá também espaço para prestar tributo a PAUL NEWMAN, através da projecção integral de toda a sua obra enquanto realizador.
Pretende-se com este evento criar um espaço de intercâmbio de conhecimentos e formas de ver o cinema, mediante a realização de masterclasses, encontros com o público, debates, concertos e exposições. A destacar a exposição de fotografia de FRANÇOIS-MARIE BANIER, que irá expor pela primeira vez em Portugal, no entanto já conhecido pelo tom provocatório com que exerce o seu trabalho.
O Festival conta com a direcção de Paulo Branco, com uma carreira reconhecida internacionalmente não só como produtor, mas também como dinamizador do cinema independente. Os filmes serão avaliados por um júri, que terá de atribuir o prémio de Melhor Filme, no valor de 20 mil euros, composto pelo escritor sul-africano J.M. Coetzee (Nobel da Literatura 2003), a actriz francesa Catherine Deneuve, o escritor norte-americano Paul Auster, a escultora espanhola Cristina Iglesias e o artista plástico português Julião Sarmento.
O tributo a BERNARDO BERTOLUCCI vai destacar a carreira de sucesso do realizador italiano, passando em revista algumas das suas obras mais marcantes, como “O Último Tango em Paris” e “O Último Imperador”.
O grande criador e visionário TIM BURTON será homenageado através de uma retrospectiva de toda a sua obra, marcada por cenários únicos povoados por excêntricas personagens fantásticas e assombrosas mas incrivelmente humanas. Ver Programa aqui
Haverá também espaço para prestar tributo a PAUL NEWMAN, através da projecção integral de toda a sua obra enquanto realizador.
Pretende-se com este evento criar um espaço de intercâmbio de conhecimentos e formas de ver o cinema, mediante a realização de masterclasses, encontros com o público, debates, concertos e exposições. A destacar a exposição de fotografia de FRANÇOIS-MARIE BANIER, que irá expor pela primeira vez em Portugal, no entanto já conhecido pelo tom provocatório com que exerce o seu trabalho.
O Festival conta com a direcção de Paulo Branco, com uma carreira reconhecida internacionalmente não só como produtor, mas também como dinamizador do cinema independente. Os filmes serão avaliados por um júri, que terá de atribuir o prémio de Melhor Filme, no valor de 20 mil euros, composto pelo escritor sul-africano J.M. Coetzee (Nobel da Literatura 2003), a actriz francesa Catherine Deneuve, o escritor norte-americano Paul Auster, a escultora espanhola Cristina Iglesias e o artista plástico português Julião Sarmento.
O Passe para o Estoril Film Festival '08 custa 25 euros e o bilhete avulso são 3 euros e estão à venda nas Fnac do Chiado, Cascais Shopping e Centro Comercial Colombo, nos cinemas Medeia King, Monumental, Saldanha Residence e no CCL-ISCTE e também nas bilheteiras do Casino do Estoril e do Centro de Congressos.
Etiquetas:
Cinema,
Estoril Film Festival '08,
Tim Burton
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
DE MOCHILA ÀS COSTAS RUMO A TOMAR
De Lisboa, partimos de comboio rumo a Tomar. Entre estações, desfilam paisagens da lezíria ribatejana, disfarçadas sob um manto de bruma matinal, banhadas pelos primeiros raios de sol que tentam dissipar a sua invisibilidade e aquecer-nos a custo com o seu calor.
Já em Tomar, seguimos em frente no jardim da Várzea Grande, atravessamos a Av. Cândido Madureira e pelo caminho passamos junto à transversal que dá acesso à antiga sinagoga, agora Museu Hebraico (Rua Dr. Joaquim Jacinto).
Por fim, desembocamos na Praça da República, dominada, de um lado, pelos Paços do Concelho (que foram do rei D. Manuel) e, do outro, pela Igreja Matriz de S. João Baptista, e ao centro, a estátua do fundador da cidade, o mestre templário, Gualdim Pais.
Querendo explorar um pouco mais, seguimos em frente na Rua Silva Magalhães, atravessamos a Rua Alexandre Herculano e avistamos a ponte sobre o rio Nabão.
Com o Parque do Mouchão bem à nossa frente e a Roda do Mouchão fazendo as honras, sentamos e retomamos o fôlego, apanhamos um pouco mais de sol, que o frio teimava em não querer abandonar-nos. Inesperadamente, aproximam-se em voo picado alguns patos que, não temendo as águas gélidas do Nabão ou a nossa presença, brindam-nos, junto com alguns pássaros que por ali se encontram, com sons e imagens de puro deleite.
(Tomar, Novembro de 2008)
Já em Tomar, seguimos em frente no jardim da Várzea Grande, atravessamos a Av. Cândido Madureira e pelo caminho passamos junto à transversal que dá acesso à antiga sinagoga, agora Museu Hebraico (Rua Dr. Joaquim Jacinto).
Por fim, desembocamos na Praça da República, dominada, de um lado, pelos Paços do Concelho (que foram do rei D. Manuel) e, do outro, pela Igreja Matriz de S. João Baptista, e ao centro, a estátua do fundador da cidade, o mestre templário, Gualdim Pais.
Querendo explorar um pouco mais, seguimos em frente na Rua Silva Magalhães, atravessamos a Rua Alexandre Herculano e avistamos a ponte sobre o rio Nabão.
Com o Parque do Mouchão bem à nossa frente e a Roda do Mouchão fazendo as honras, sentamos e retomamos o fôlego, apanhamos um pouco mais de sol, que o frio teimava em não querer abandonar-nos. Inesperadamente, aproximam-se em voo picado alguns patos que, não temendo as águas gélidas do Nabão ou a nossa presença, brindam-nos, junto com alguns pássaros que por ali se encontram, com sons e imagens de puro deleite.
Continuamos a nossa cruzada por Tomar, seguimos junto ao jardim e, junto à Capela de S. Gregório, decidimos aventurar-nos e subir a pique um lanço de escadas que não acaba para, chegados ao topo, acender uma vela (iluminar é mesmo o termo) e deixar uma prece na Capela da Senhora da Piedade.
Do alto daquele miradouro, antevimos aquele que seria o nosso próximo passo: além do Castelo dos Templários e da Mata dos Sete Montes, o Convento de Cristo.
No Convento de Cristo, podemos observar a mistura de estilos e simbologias, desde o românico, de inspiração oriental (Charola) ao maneirismo triunfante (Claustro dos Filipes), sem esquecer a jóia do manuelino que é a janela da Sala do Capítulo.
No Convento de Cristo, podemos observar a mistura de estilos e simbologias, desde o românico, de inspiração oriental (Charola) ao maneirismo triunfante (Claustro dos Filipes), sem esquecer a jóia do manuelino que é a janela da Sala do Capítulo.
Composto por um conjunto de claustros, salientamos o conjunto dos quatro principais - o Claustro da Lavagem, o Claustro do Cemitério, o Claustro da Micha e, por último, o Claustro de D. João III. Acrescentamos o Claustro da Hospedaria, o Claustro de Santa Bárbara e o Claustro dos Corvos, o dormitório em cruz, com 2 grandes corredores para os quais se abrem as pequenas celas (falta a cela 13 e a 113) e o refeitório. Da Mata dos Sete Montes, destaco as cores de Outono.
Distraídos, avançamos por veredas escolhidas ao acaso que nos conduziram até à “Aldeia dos Duendes”. Aqui, olhámos em volta e observámos atentamente a floresta que nos rodeava na vã esperança de conseguirmos encontrar um pequeno habitante daquele pequeno reino. Como disse... em vão!
Distraídos, avançamos por veredas escolhidas ao acaso que nos conduziram até à “Aldeia dos Duendes”. Aqui, olhámos em volta e observámos atentamente a floresta que nos rodeava na vã esperança de conseguirmos encontrar um pequeno habitante daquele pequeno reino. Como disse... em vão!
(Tomar, Novembro de 2008)
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
RECORTES INSPIRADOS
Elevam-se no ar castelos que ignoram o firmamento,
a fronteira entre a realidade,
e a lonjura
onde se encontram.
A luz daquele fim de tarde derrama sobre eles
somos levados a pensar que aquilo que nos espera é
o mundo invisível,
o mundo das sombras,
o mundo invisível,
o mundo das sombras,
que aguardam às portas do céu,
reclamando a sua presença.
Não tarda cai a noite,
e antes que ela tome conta do momento,
reclamando a sua presença.
Não tarda cai a noite,
e antes que ela tome conta do momento,
fechamos os olhos
e estabelecemos com aquele instante uma eternidade.
e estabelecemos com aquele instante uma eternidade.
Uma eternidade para além da Memória.
(Madeira, algures no Paul da Serra)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
PALAVRAS...LEVA-AS O VENTO?
Descobri inesperadamente Nietzsche enquanto lia “Quando Nietzsche Chorou” – uma história fantástica acerca do poder da Amizade.
Hoje, surpreendida de novo, coloco no [palavras...leva-as o vento?] a frase:
“Não há factos, apenas interpretações”
A sabedoria está em saber qual queremos dar ao instante que estamos a viver ...
Hoje, surpreendida de novo, coloco no [palavras...leva-as o vento?] a frase:
“Não há factos, apenas interpretações”
A sabedoria está em saber qual queremos dar ao instante que estamos a viver ...
Subscrever:
Mensagens (Atom)