Sim, faço parte do mundo daqueles que consideram o livro um objecto sagrado, daqueles que olham para a prateleira e gostam daquilo que vêm, de ver os livros arrumadinhos, embora com tamanhos diferentes, existe entre eles uma harmonia de cores e encaixes, os livros de bolso simplesmente não ficam bem na prateleira.
Lembro-me de olhar para as colecções de bolso Publicações Europa-América e não gostar do papel amarelado, o tamanho reduzido dos caracteres que demove logo ali qualquer intenção de ler seja o que for a não ser que se tenha uma lupa por perto e claro, as lombadas (demasiado) manuseáveis que acabam cedendo desfazendo-se ainda nem estamos enredados na história do livro.
Isto tudo e a falta de divulgação das colecções associada à má qualidade das traduções de muitos livros que foram editados neste formato, criou um estigma difícil de contornar.
Mas quando a crise chega ao nosso outro bolso e o perigo da ressaca assoma sempre que não alimentamos o vício de ler, começamos a ponderar tirar alternativas da algibeira sem perder muito tempo a fazer contas de cabeça. E convenhamos que pagar 2.50€ por um livro é uma verdadeira pechincha!
E assim foi como adquiri o meu primeiro livro de bolso - O Cego de Sevilha de Robert Wilson.
(impressões do livro aqui)
Espero ver editados em versão bolso outros livros que quero ler...
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